tag:blogger.com,1999:blog-468228735489199568.post4650122094603899047..comments2024-01-22T16:46:17.186-03:00Comments on Pareço louca: Morro de poesia, de amor ou de políticaAmanda Machadohttp://www.blogger.com/profile/13550453054225736878noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-468228735489199568.post-34559797759524682822016-10-22T03:33:21.509-02:002016-10-22T03:33:21.509-02:00Minas Gerais, 22 de outubro de 2016(esse ano estra...Minas Gerais, 22 de outubro de 2016(esse ano estranho e absurdo)<br />Caro Paulo, leitor profundo das coisas escritas, quase escritas e ainda não escritas.<br /><br />Que análise sensacional. Tão instigante e cheia de referências que fiquei nela por dois dias e meio. Lendo, divagando, voltando e seguindo mais a frente, chegando até à beirada, sem medo, tentando tomá-la toda, sem esgotá-la. E não acabou. <br /><br />As três mortes estão aí no seu texto, analisadas a níveis surpreendentes. Cada morte examinada e descrita como se passassem por uma reconstituição, ainda mais real e mais fiel que os fatos em si. <br /><br />Sobre a morte pela política:"a vida está sendo trocada por espelhinhos e lantejoulas, mas as pessoas preferem seus smartphones, onde não pensam, não tecem e nem fiam". Só a loucura nos salvará. A boa, não esta que está por aí, tomando os bancos e as bancadas. <br /><br /> Um ótimo final de semana<br /> Amanda Machadohttps://www.blogger.com/profile/13550453054225736878noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-468228735489199568.post-66081702007401904642016-10-19T10:34:08.257-02:002016-10-19T10:34:08.257-02:002ª parte
É quase lógico e óbvio que a moça na pe...2ª parte <br /><br />É quase lógico e óbvio que a moça na pedra sobre a espuma branca da pele acabaria por falar de amor. E aí é de uma graça infinda, pois assim como uma criança segura com força na mão do pai, ela se apega à poesia, cuja porta abriu no parágrafo torto e releva Gonçalves Dias:<br /><br />Se se morre de amor! – Não, não se morre,<br />Quando é fascinação que nos surpreende<br />De ruidoso sarau entre os festejos;<br />Quando luzes, calor, orquestra e flores<br />Assomos de prazer nos raiam n’alma,<br />Que embelezada e solta em tal ambiente<br />No que ouve e no que vê prazer alcança!<br /><br />De súbito volta à superfície da realidade, como que digladiando com o etéreo. Há coisas coisando em Pindorama. Pessoas com espelhos e lantejoulas à mão querem que os nativos entreguem o ar, o mar, o solo e a alma em troca das suas bijouterias. Quão cínicos são. Falar-lhes-ia face a face, mas não há como - são apenas imagem projetada na tela LCD da mãe gentil, que pariu homo sapiens sapienes e estes, homo sapiens nequiquam, de quem já falei aí atrás. São os mesoclíticos da catarse escatológica.<br /><br />Mas a moça cutuca a onça, põe o dedo na ferida do empirismo que assola a pátria amada et orbi – a intuição, a coisa que está levando a juventude a não pensar mais – eliminaram a causalidade com seus smartphones, apps, links, globetes, chacretes e modernetes. Para que pensar de onde vem e para onde vai – use a intuição. E ela se cora, fica vermelha de paixão e triste de medo.<br /><br />Grita desesperadamente:<br /><br />Quantos querem chorar aqui? <br />Quantos querem gritar palavras de ordem, entoar hinos e decretar greve geral? <br />Quem quer assumir os riscos, também, por desconhecidos? <br />Quem não suporta ser alcançado pelas ondas e continuar impassível?<br /><br />Pede socorro, a vida está sendo trocada por espelhinhos e lantejoulas, mas as pessoas preferem seus smartphones, onde não pensam, não tecem e nem fiam.<br /><br />E eu aqui do meu lado aprendendo a ser louco, um maluco total!<br />Paulo Abreuhttps://www.blogger.com/profile/06109736206898017978noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-468228735489199568.post-30316919698708417552016-10-19T10:33:35.997-02:002016-10-19T10:33:35.997-02:00Minas Gerais, 19 de outubro de 2016
Prezada poetis...Minas Gerais, 19 de outubro de 2016<br />Prezada poetisa, romântica, política e metafísica<br />Amanda Machado<br /><br />É verdade que levei um certo tempo para ler esta crônica. E o fato deu-se por que perdi-me na busca de um cunho filosófico único. Bobagem de aprendiz – pensei. Depois de longo exercício de reflexão de como buscar o intangível nas coisas do universo? O primeiro parágrafo exclui o empirismo, provocando a causalidade. Achei isto sensacional.<br /><br />Descartes teve um sonho e transformou-o em expressão matemática, Wolfgang Pauli teve sonhos que Jung traduziu e devolveu a Pauli, que fez disto a alavanca que impulsionou a Física Quântica. Então, há de haver sempre uma causa, um suspiro do universo para que movimentos transladem de um campo a outro, de uma dimensão a outra ou de uma percepção à outra, mesmo que sejam sonhos.<br /><br />Haveriam então chaves codificadas nos próximos parágrafos? O segundo parágrafo sugere a introdução do racionalismo de uma forma direta, com justificativas históricas. Pincela a existência do homo sapiens sapiens (o avô, os pescadores et coetera) em detrimento ao homo sapiens nequiquam. <br /><br />Mas há ali um desejo de se ver jogada (no caso a moça da história) de um lado para o outro no etéreo, tipo “deixa a vida me levar, vida leva eu” de mãos dadas com a teoria do Éter, que Einstein jogou no lixo e a Física Quântica resgatou, como coisa e propriedade nossa. Quais são as forças que regem o universo? A gravidade, sim, claro, vem sempre em primeiro plano, mas existem outras forças, outros encantamentos, outros desejos, ao mesmo tempo que haverá de existir sempre a castração do ego sobre tudo isto, feito um cargueiro assustador.<br /><br />Vem a seguir um parágrafo torto, pequeno, onde acha o cenário lindo, e com ele a eterna dicotomia humana – ser ou estar. Intrigante. O costume da pedra ...<br />De que é feito afinal o corpo, senão de uma massa moldada sobre a alma? A parte visível é feita de tecidos, metais, minerais, proteínas, hormônios, etc. Tomemos qualquer uma destas partes, qualquer uma e chegaremos na pedra. Filosofia? Não – isto é física pura. A pele onde habito está fisiologicamente morta, estou sob um manto sem vida, e isto explica por que as casas vivem cheias de poeira branca – são partes nossas que vamos deixando com rastros da nossa existência. Poeira branca, espumas brancas que morrem na pedra. Hummm ... Então a morte é poética, de fato.<br />Paulo Abreuhttps://www.blogger.com/profile/06109736206898017978noreply@blogger.com