tag:blogger.com,1999:blog-468228735489199568.post5188947552208502697..comments2024-01-22T16:46:17.186-03:00Comments on Pareço louca: O amor anda atrás do infinito e eu vou com eleAmanda Machadohttp://www.blogger.com/profile/13550453054225736878noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-468228735489199568.post-28287958298720621672019-01-12T17:24:48.170-02:002019-01-12T17:24:48.170-02:00Minas Gerais, 12 de janeiro (sombrio, mas os amore...Minas Gerais, 12 de janeiro (sombrio, mas os amores resistem) de 2019<br /><br />Ilustre defensor dativo Paulo Abreu,<br /><br /> A defesa que construiu é bastante envolvente, cada trecho, cada frase da mensagem de Allan (incluída entre as provas, nos autos do processo) recontextualizada, sugere a submissão do caso a um novo julgamento (ou a quantos outros exigirem. <br /><br /> A apelação da defesa é, sobretudo, comovente. Que culpa os amantes têm de amarem ou deixarem de amar? Que culpa os amantes têm de escreverem cartas de amor ridículas (se todas "são ridículas, senão não seriam cartas de amor"?).<br /><br />Todas as provas da defesa serão acolhidas por este tribunal, assim como todas as provas de acusação; cabe ao júri não-manifesto suas considerações. Decidimos, portanto, que a sentença do caso será adiada até os próximos julgamentos (sem data nem limite para novas audiências).<br /><br />Encerramos a sessão, mas não o caso...este anda com o amor no infinito.<br /><br />Amar dói, ilustre advogado, mas não amar deve ser mais desolador, suspeito.<br /><br />Agradeço a defesa irretocável e o registro muito bem articulado para os autos deste processo. <br /><br />Grata pela presença luminosa do leitor sempre iluminado.<br /> Amanda<br /> Amanda Machadohttps://www.blogger.com/profile/13550453054225736878noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-468228735489199568.post-10024871165427484412019-01-11T15:40:18.683-02:002019-01-11T15:40:18.683-02:00Minas Gerais neste sombrio verão de 2019
Meritíss...Minas Gerais neste sombrio verão de 2019<br /><br />Meritíssima Amanda Machado,<br /><br />Eu preciso falar sobre o caso Allan/Alice. Considerando que os membros do juri ainda não se pronunciaram em seus comentários, como rábula dativo, vou defender os princípios do Allan, para que fique registrado nos autos do processo da Alice.<br /><br />É...hummmm...então, lembro das aulas de catecismo onde a professorinha de voz baixa e olhar duro falava que as palavras sagradas não devem ser analisadas ao pé da letra. E as palavras de Allan soam sagradas, pois as reforça com Verdade; Abençoa; Éden e Amor.<br /><br />Allan escreveu "Alice, não era para sermos". Não era para sermos e fomos assim mesmo. Está lá, como prova 1, irrefutável, Meritíssima, irrefutável. <br /><br />Allan escreveu "Felizes para sempre". Ora, direis, ouvir estrelas, até o átimo, senhores jurados, é um processo infinito. Felizes para sempre não é uma prerrogativa de um processo duradouro, é o êxtase do momento, e êxtase é infinito enquanto dura.<br /><br />Aqui, senhores e senhoras do Juri, há uma dubiedade, pois na Prova 3, Allan denuncia que "A verdade é a felicidade". Assim está escrito que devemos procurar a verdade porque a verdade nos liberta - esta é a chave para a felicidade.<br /><br />Na prova 4, "O mundo nos abençoa em todo deserto". Ora, ora, ora. Não foi assim com Israel nos 40 anos de deserto? Não foi assim com João Batista? Não foi assim com o Cristo? <br /><br />Na prova 5, nosso Allan fala de uma forma fantástica "Há oasis um Eden. Aqui, senhores e senhoras membros deste tribunal, na verdade eu vos falo que sobre as Memórias de Futuro do Amor dos quais evolui sua linha de raciocínio a doce e meiga Alice, não hão de ser invalidadas ou anuladas por que ela deseja. <br /><br />Meritíssima, saiba que a memória de longa duração fica no hipocampo, situado no sistema límbico, e é a principal ferramenta capaz de formar e evocar memórias e/ou de induzir o resto do córtex cerebral a fazer o mesmo, volutaria ou involuntariamente. <br /><br />Allan, um erudito da língua portuguesa, trás Oásis no plural, pois há um só Paraíso, entre tantas ofertas de prazer e descanso.<br /><br />Concluindo, Meritíssima, "O amor sempre anda no infinito". Como definir o abstrato? Como tangenciar um sentimento? Se se morre de amor, se morre? Foi assim que aprendemos? <br /><br />Data venia, Meritíssima, Allan está condenado à paixão, e Alice tem o direito de se desvencilhar deste caminho, mas não pode jurar que será tão fácil assim. Amar dói!<br /><br />Senhores jurados, julguem com o coração!<br /><br />Paulo Abreu - rábula dativo das causas perdidas <br />Paulo Abreuhttps://www.blogger.com/profile/06109736206898017978noreply@blogger.com