Pareço louca

Entrevistas







 2020

 

 https://catarinas.info/colunas/chicas-que-escrevem-amanda-machado/?fbclid=IwAR3ys1rVNo-SvSFPtKRrwDWKKr8ycjfEexYK48H6jfxA9JFgkvrQFgDSpY4 

2019



https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/26-03-2019/mulheres-de-luta-precisamos-ser-autoras-das-nossas-historias.html

2018


https://tribunademinas.com.br/blogs/sala-de-leitura/17-07-2018/amanda-machado-da-voz-aos-silencios-das-mais-diversas-personagens-femininas-em-os-pratos-que-eu-lavo-ele-nao-ve.html







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Amanda Machado
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Por ter deixado a geladeira aberta ontem à noite, eu a perdoo. Por conjurar cortinas brancas em vez de viver a sua vida. Pelas mudas que murcham, agora, em pequenos potes, eu a perdoo. Por dizer não num primeiro momento, mas sim como uma reflexão tardia. Eu a perdoo pelas visões horrendas após o parto, provocadas pela perda de sono. E quando o bebê acordou várias vezes, por sua silenciosa reprovação no escuro, “Qual é o seu problema?” Perdoo-lhe por deixar as videiras tomarem conta do jardim. Por temer sua própria propensão para o amor. Por perder, de novo, sua mala na viagem para São Francisco; pela igualmente descuidada viagem de volta, movida a cafeína. Perdoo-lhe por ter deixado as janelas abertas na chuva encharcando de novo os livros da biblioteca. Por ostentar apenas revisões de si mesma, com pontuação trabalhada, em vez da verdade desordenada, eu a perdoo. Por cantar principalmente quando o chuveiro abafa sua voz. Por tanto admirar o baterista, você não conseguiu ouvir a bateria. Em latas esquecidas, que o perdão se acumule. Reúna-se nas sarjetas. Jorre dos canos. Dos ramos, uma grande e constante chuva de azeitonas, aliviadas da crueldade e da mesquinhez. Com elas, uma rajada de asas, treze pombas cinzas. Pomada reservada para curandeiros e profetas. Eu a perdoo. Eu a perdoo. Por se sentir estranha e nervosa sem nenhuma razão. Por carregar a urna vazia de Keats com tanta calma a ponto de se preocupar em talvez não ter nenhum centro moral, afinal. Por tratar sua mãe com desprezo quando ela merecia compaixão. Eu a perdoo. Eu a Perdoo. Eu a perdoo. Por cultivar uma capacidade de amar que é grande mas que talvez só seja igualada por sua solidão. Por ser incapaz de perdoar a si mesma primeiro para depois poder perdoar aos outros e, finalmente, encontrar uma maneira de se tornar o amor que você deseja neste mundo. (Dilruba Ahmed )

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