terça-feira, 15 de maio de 2012

E o último aniversário foi há um ano


  E por isso tinha quase me esquecido que nada muda efetivamente de maneira drástica, só por estar no dia que se completa mais um ano; tinha me esquecido que nem todas as minhas expectativas para o dia são correspondidas (na verdade quase nenhuma é); tinha me esquecido que embora eu quisesse sempre ser surpreendida, burlo, como todos os anos, os códigos de discrição dos que desejam me pegar desprevenida;  minha mania de "controlar" tudo sempre prevalece. Tinha quase me esquecido que o clima, nesta data, é rigorosamente frio, portanto comemorar em locais muito arejados nunca é uma opção possível. Tinha me esquecido do súbitos esquecimentos alheios, é possível que amanhã e depois eu receba algum pedido de desculpas, ou nem isto, porque há sempre os que preferem deixar o assunto "passar batido" para ver se assim não chamam atenção para a própria "falha". Precisava de mais este aniversário, para me lembrar, inclusive, que as pessoas com as quais possuo um laço mais "apertado" são sempre as mais doces e gentis com a minha data...

  Este ano não houve uma orquídea, um buquê de flores do campo, com um delicado cartão de nenhum anônimo; não ouvi fogos pela minha data, não recebi dedicatória de autor famoso, nem "faixa amarela com o nome dela", nem música, nem gol de craque em minha homenagem. Mas, os telefonemas carinhosos, as mensagens divertidas e os desejos sinceros de gente que compartilha comigo das quedas e dos eventuais sucessos, esses permaneceram.

  E apesar dos pesares; da minha ansiedade infantil para o dia, das expectativas não correspondidas, de um ou outro esquecimento, de conhecidos, da data, de alguma mensagem que eu esperava maior pessoalidade...eu continuo fazendo as mesmas festas para mim, dentro de mim. Os fogos de artifício, os confetes, as trilhas especiais, os poemas e até as flores eu mesma me encarreguei de mandar e recebê-las. A alegria maior é aquela que a gente mesmo se proporciona. Ano que vem tudo se repete...tomara...o dia terminou bem. Quem desejaria mais?


 (A Amiga me mandou essa música dia desses)
"Pode falar que eu não ligo,
Agora, amigo,
Eu tô em outra,
Eu tô ficando velha,
Eu tô ficando louca.
(...)
Pode falar, não importa
O que tenho de torta,
Eu tenho de feliz,
Eu vou cambaleando
De perna bamba e solta.
Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho
Que hoje eu passei batom vermelho,
Eu tenho tido a alegria como dom
Em cada canto eu vejo o lado bom."


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