
E, complicamos demais quando falamos o "sim", porque queremos continuar sendo amados, bem vistos, procurados. Não queremos magoar ou decepcionar, para, mais a frente, fazermos algo sem vontade ou, ainda, desapontarmos por não conseguirmos cumprir uma promessa. Então o mal-estar cresce, perdura e termina muito tarde, quando poderia ter sido evitado, ainda no casulo.
Nós complicamos demais e dificultamos um "sim", pensamos, repensamos, analisamos todas as implicações negativas de uma escolha e decidimos dispensá-la e por isso o sonoro "não", quando o coração, na verdade, suplicava por um "sim". Falamos o "não", porque não haverá o esforço da tentativa, a expectativa da vitória e a possibilidade da derrota. Então...não!
Nós complicamos demais, porque deixamos relações em suspense, pessoas a espera, deixamos que depositem sua fé em nós para, depois, não sermos capazes do milagre. Por educação ou generosidade, complicamos demais. Prolongamos o nosso próprio sofrimento e deixamos que os outros fantasiem um "sim", que nasceu para ser um "não". E mentem...como mente essa gente! Mentimos para nós mesmos, mentimos para os outros, mentimos com a boca que deveria falar a partir do coração. Mas, daí, a boca consulta a cabeça e suas culpas; a mente e seu verniz social . E na tola tentativa de agradarmos instantaneamente, não prevemos as dores futuras. Estendemos situações que poderiam ser, há muito, abreviadas .
Nós complicamos demais, porque deixamos relações em suspense, pessoas a espera, deixamos que depositem sua fé em nós para, depois, não sermos capazes do milagre. Por educação ou generosidade, complicamos demais. Prolongamos o nosso próprio sofrimento e deixamos que os outros fantasiem um "sim", que nasceu para ser um "não". E mentem...como mente essa gente! Mentimos para nós mesmos, mentimos para os outros, mentimos com a boca que deveria falar a partir do coração. Mas, daí, a boca consulta a cabeça e suas culpas; a mente e seu verniz social . E na tola tentativa de agradarmos instantaneamente, não prevemos as dores futuras. Estendemos situações que poderiam ser, há muito, abreviadas .
Nós complicamos, porque acumulamos sentimentos demais, abafamos frases demais, guardamos mágoas demais. E o guardado, quase sempre, um dia é descoberto. E quando essa tragédia acontece, morrem soterradas amizades, amores e trabalhos que não resistem a avalanche de uma verdade muito antiga.
A vida pode ser mais simples, na verdade, ela é, mas nós complicamos demais. Bastava um "sim", quando a vontade era de "sim" e um delicado "não", quando a alma assim o quisesse. Mas, nós complicamos demais...
4 comentários:
Parece fácil... mas a vida e as relações sociais e humanas são um pouco mais complicadas!
Por isso o título "Só DEVERIA ser mais simples", é um desejo e não constatação racional ou simplista da vida e suas relações... ;)
Texto maravilhoso Amanda, como li uma vez já não sei onde temos que ver se quando dizemos sim a alguém não estamos a dizer não a nós próprios... a pôr em prática!
Que bom que gostou, Ana! Independente de onde tenha lido a frase, concordo! ;)
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