quarta-feira, 25 de abril de 2012

Oi? Não é do coração isso?

  A professora de Yoga (e acupunturista) desvendou, ontem, um pequeno mistério. Surpreendia-me o fato de colocar tanta "carga" no coração e ele continuar lá inteirinho. Como pode, depois de requisitar tanto um órgão do corpo e ele resistir sempre, não estar nunca em frangalhos, como eu imaginava que estaria?

  Os meus problemas (os que causo eu mesma a mim, por causa da minha personalidade) foram todos para a vesícula. Vesícula biliar, sabe? Parte do sistema digestivo...Porque segundo a medicina chinesa, os problemas que ocorrem neste órgão específico, estão ligados a momentos de muita indecisão, a pessoas que guardam alguma mágoa, rancor, algum tipo de frustração; sentimentos retidos. De fato, a medicina ocidental não me esclareceu muito bem a razão da formação dos tais cálculos na vesícula. Minha dieta nunca foi das mais gordurosas, nunca tive variação de peso significativa constante, só se explicava tal distúrbio pelo fato mesmo, de ser uma patologia hereditária. Minha vó, minha mãe e depois eu. E, fiz o que todas fizeram: retirei a vesícula doente. Basta, não basta? Não faz falta mesmo...

  Engano meu. De acordo com a medicina oriental, apesar do órgão não estar mais lá, acoplado ao fígado, sua energia permanece. Sendo assim...ainda tenho problemas na vesícula que, para mim, já era. Ou seja, ainda sobrecarrego um órgão que já retirei. A minha nova descoberta sugere um tratamento ao órgão já "descartado", mas o que surpreende mesmo é saber que "sentimento" não se restringe ao coração, chega até ao sistema digestivo...

  Somos umas destruidoras de vesícula mesmo...coisa de gerações...as mulheres da minha família dilaceraram a própria vesícula, e isto em nome de quê? Não há nenhuma poesia nisso, só a triste constatação de que a indecisão cobra mais do que algumas noites de sono, bem mais...


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